VÉUS EM BRANCO E PRETO....

Mantilha de mármore lívida paira intempestiva

Plaina diante a imaculada

A suavizar a prometida donzela,

Como uma lua crepuscular, vagueia.

Sensível como gaze de berço

Na quietude dos dormires de infância,

Que outrora o nevoeiro que letárgico

Sobre a lagoa cristalina adormece

Cativa do seu ardor, agora acalma seu desejo,

E expira antes do alumbrar do novo dia

Sua flor murcha inocente dos céus azuis, então perece...

O que te transformaria mulher, tão sombrio não se fez

O destino te coloca junto aos idos,

O véu que era branco à sepultura desceu preto, intacto...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 24/01/2013
Reeditado em 24/01/2013
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