VÉUS EM BRANCO E PRETO....
Mantilha de mármore lívida paira intempestiva
Plaina diante a imaculada
A suavizar a prometida donzela,
Como uma lua crepuscular, vagueia.
Sensível como gaze de berço
Na quietude dos dormires de infância,
Que outrora o nevoeiro que letárgico
Sobre a lagoa cristalina adormece
Cativa do seu ardor, agora acalma seu desejo,
E expira antes do alumbrar do novo dia
Sua flor murcha inocente dos céus azuis, então perece...
O que te transformaria mulher, tão sombrio não se fez
O destino te coloca junto aos idos,
O véu que era branco à sepultura desceu preto, intacto...
Romulo Marinho