RUÍNAS
Odir Milanez
Voltei à nossa rua , entre ruelas
sem prumos, sem esgoto, sem calçada,
com seus traços de rua abandonada
nos fronteiros das casas – todas elas!
A nossa se desfez, desmoronada.
Para lembrar as cousas que eram delas,
somente os vãos vazios das janelas
e pedaços de porta, um quase nada...
Aqui vivemos mais de vinte anos
do tempo que atentei eternamente,
o início e final dos nossos planos.
Sentei-me ao sol. Ao sol é que se sente
mais forte as delusões, os desenganos,
as ruinas perenais do amor da gente...
JPessoa/PB
23.01.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...