LUCRÉCIA

De ti não fui amigo nem amante,
Nem mesmo em delírio. Nunca houvera
Querido inebriar-me na quimera
Do promíscuo, infernal festim de Dante.

Nem quis beijar-te a boca de bacante,
De ti Lucrécia Bórgia, posta em cera,
No museu que retrata a mais sincera
Face da mulher vil, repugnante.

Pois nem à moda antiga, nem moderna,
Quis ser o teu amante ou teu amigo.
Jamais me aguçaste esta fissura.

Quem sabe, numa Noite na Taverna
Fingindo-me Azevedo e estar contigo...
Só bêbado eu faria tal loucura.
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Profecia> veja e ouça.
http://www.youtube.com/watch?v=42VDYtXRm2s

Alcione, obrigado.
Veleu mesmo!



LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 23/01/2013
Reeditado em 23/01/2013
Código do texto: T4100853
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