Vazante
Edir Pina de Barros
Na seca, nas planuras pantaneiras,
as águas vão dormir nos próprios leitos,
os rios ficam todos mais estreitos,
cochilam jacarés em suas beiras.
Alegres, as araras, tão faceiras,
cantam. E os periquitos, satisfeitos,
retornam aos espaços, já refeitos,
fazendo estardalhaços nas mangueiras.
Os pássaros retornam aos ninhais,
e cantam as anhumas e os anus,
e nos seus ninhos chocam jaburus.
Canoas singram rios, seus canais,
o gado muge triste nos cercados,
nos pastos, antes todos alagados.
Brasília, 6 de Janeiro de 2013.
Poesia das Águas, pg. 39
Edir Pina de Barros
Na seca, nas planuras pantaneiras,
as águas vão dormir nos próprios leitos,
os rios ficam todos mais estreitos,
cochilam jacarés em suas beiras.
Alegres, as araras, tão faceiras,
cantam. E os periquitos, satisfeitos,
retornam aos espaços, já refeitos,
fazendo estardalhaços nas mangueiras.
Os pássaros retornam aos ninhais,
e cantam as anhumas e os anus,
e nos seus ninhos chocam jaburus.
Canoas singram rios, seus canais,
o gado muge triste nos cercados,
nos pastos, antes todos alagados.
Brasília, 6 de Janeiro de 2013.
Poesia das Águas, pg. 39