A última noite de um poeta

Sob o sol da noite quente, que queima

Sob a lua de prata pura, sem valor

Sobe uma angústia, sem sentir dor

Desce uma tristeza que ainda teima

São madrugadas, escuras e silenciosas

Onde minha pena se faz solene escrava

E na frieza da letárgica e vil palavra

Sou um autor sem letras pretensiosas

A solidão, descrevo em um vil soneto

Em minha pele, grudado, um manto preto

Se misturando à sombra que me domina

E nesta noite, na qual me peguei a ler

Os últimos escritos, filhos de meu ser

O conto de minha vida enfim termina

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Poema ganhador de Menção Honrosa no "XIV Concurso Nacional de Poesias - Edição Rui Barbosa" e publicado no Antologia "Panorama da Literatura Brasileira Contemporânea - Poesias Selecionadas - Volume 2"

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 23/01/2013
Código do texto: T4100498
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