Soneto de amor fugaz
Noite fugaz! Amor que se perdeu.
Noite fugaz! Amor que agora jaz,
Na grande dor que nele pereceu
Grande castigo! Oh, noite fugaz!
Efêmero, o amor que se desfaz
Diante dessa noite que morreu
Diante dessa lágrima perfaz
Passagem do calvário, e nesse breu,
Lamenta com desgosto enternecido
Esse amor transitório e desvairado
Em lúgubre quimera apetecida.
Jazem noutros caminhos! Corrompido.
Na veloz noite, foge tresloucado,
Deixando a noite fria e sem vida.