NATIMORTO

Se lês , estou eu muito morto,

Preste atenção no que vou dizer

Nestas palavras, que absorto

E em prantos, estive a lhe escrever.

Noutra cama aches reconforto,

Este que eu não pude oferecer...

Pra mãe vida, fui um natimorto,

O espúrio que não devia viver.

Mas por favor chores, querida

Pois a lápide de mia vida

Tem suas flores a perecer...

Chores! E as regue, doce amiga

Pois o epitáfio qu’ela tinha...

Clamava por amor florescer...

....Mas apenas morreu...

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 22/01/2013
Código do texto: T4099402
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