DO AMOR É DO ÓDIO

Se me perguntam por que eu sou poeta,

Já digo que não sei por que o sou.

Não tenho a intenção de um profeta,

Mas profetizo em versos o amor.

Tu, desgraçado, vais profetizando

A violência, a angústia e a dor...

Tu matas o trabalhador enquanto

É ele que labuta em teu favor.

Não sejas tu apenas parasita,

Não sugues seiva de um trabalhador

Se é ele que alimenta o precito!

Sem ele não haveria provedor.

É ele que sustenta-te ao presídio,

Pois deverias dar-lhe mais valor.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 21/01/2013
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