DO AMOR É DO ÓDIO
Se me perguntam por que eu sou poeta,
Já digo que não sei por que o sou.
Não tenho a intenção de um profeta,
Mas profetizo em versos o amor.
Tu, desgraçado, vais profetizando
A violência, a angústia e a dor...
Tu matas o trabalhador enquanto
É ele que labuta em teu favor.
Não sejas tu apenas parasita,
Não sugues seiva de um trabalhador
Se é ele que alimenta o precito!
Sem ele não haveria provedor.
É ele que sustenta-te ao presídio,
Pois deverias dar-lhe mais valor.