FOGO
Do fogo nasce tudo
No fogo, no fim, queima.
Paixão que vem e teima
Diz doer, num grito mudo.
É a dor que queima e arde
É um lasciv’homem surdo,
Um poeta que diz mudo:
-Ah amor! Que tu me mates!
Mate essa minha paixão
Mate! E sem dó invade
O peito que por ti arde
E a ti, oferece carvão!
Que bom! Que bom! Que louco!
Ah amor! Me Ascenda o corpo!