DA RUA SÓ SABE O NOME
 


Feito de caixa e madeira,
Cheio de fresta e buracos
Mora nele a vida inteira
É dele aquele barraco.
 
É ali que ele se esconde
Do frio que dilacera
Da rua, só sabe o nome,
Desta vida nada espera.
 
Só lhe resta a esperança
De que lá do outro lado
Exista apenas bonança.
 
Para que isto aconteça,
Conserva a dignidade
E não maldiz a pobreza.