Ao Soneto VI
Entrego o fruto,
Pegue, para que coma,
Para perceber o que sinto
E não ouve aquele que reclama,
O tolo que chora e desanda,
O bêbado que ama tropeçar e flutuar,
Aquilo que delira em mandar
E assim nos leva ao nada.
Mas saiba que há o preço,
Há divida que selaremos,
O pacto que ofereço
E não haverá o abraço da morte,
Nem o gélido beijo
E nem os pingos da sorte.