NAS TORRES SECULARES
És originalíssima pessoa
Do verbo singular, pronome ego,
Não és o virtuosismo que eu carrego
No uso coloquial da prosa à toa.
Não tenho a realeza da coroa;
Vim do Latim vulgar, jamais do Grego,
O posudo obtuso, como um prego
Na língua afinada que não soa.
Mas o meu verso é címbalo que tine
Além do vil metal em bronze ou ouro
Nas torres seculares das igrejas.
Por isso eu peço a Deus que te ensine
Na vida avaliar o teu tesouro
Dando-te em dobra o que tu me desejas.
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És originalíssima pessoa
Do verbo singular, pronome ego,
Não és o virtuosismo que eu carrego
No uso coloquial da prosa à toa.
Não tenho a realeza da coroa;
Vim do Latim vulgar, jamais do Grego,
O posudo obtuso, como um prego
Na língua afinada que não soa.
Mas o meu verso é címbalo que tine
Além do vil metal em bronze ou ouro
Nas torres seculares das igrejas.
Por isso eu peço a Deus que te ensine
Na vida avaliar o teu tesouro
Dando-te em dobra o que tu me desejas.
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