Sombras Aveludadas
Corre um rio de alegria purpurina de mel
Há mais no coração que voa no anil do céu
A nostalgia vem como livres asas da recordação
Uma voz apertada na fluidez da pura elevação.
Correm nas mãos sombras aveludadas
Com um relógio circular girando alvoradas
No sol ocasional brilha a sensação afável
No labirinto eterno a lembrança inviolável.
No espelho do rio alma reflete as flores
Na água transmuta a vestal em amores
Com narcisos nas margens fazendo trilhas.
Rio da esmeralda a cor da esperança
No palácio das tuas águas reina a abastança
As violetas sorrindo vão adornando tuas ilhas.