Soneto Saudade II
Sentimento abominável essa austera saudade
Em segundos transporta do sonho a realidade
Fato transporto recua em idealismo presente
Dos que deixaram marcas, aroma da ausência
O ontem é passado, não volta, nobre teimosia
A saudade persiste em conservar como antes
Pedaços rasgados, envelhecidos pelo tempo
Rondando e servindo irrecusáveis ambrosias
Cálice amargo, mal de um tempo em recusa
A ríspida voz da razão há muito se fez surda
Persistente traz a toma lembranças murchas
Com largas experiências vai-se aprendendo
Que este sentimento abominável, faz parte
Nunca larga seu dono, levo e deixo saudade...
Luzia Ditzz,
Campinas, 08 de dezembro de 2012