A EXISTÊNCIA

Ando a esmo pela estrada da vida,

Juntando os cacos da existência morta!

Que um dia, veio ávida, à minha porta,

E a esta matéria ofereceu guarida!

Hoje, a quimera toda combalida,

Jaz fúnebre no nicho dessa horta!

E a minha vida toda se transporta,

A uma nova existência, uma outra vida!

Sem perder a aparência d'antanho,

Sinto-me solto, leve, quiçá estranho,

E recupero a arcada dentária!

O tempo inerte, estagnou-se na mente,

Não se envelhece mais! E de repente,

Continua-se com a mesma faixa-etária!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 20/01/2013
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