SONHOS
Odir Milanez
Recolhes conchas sob a luz da lua,
curvando as coxas ao catar algumas,
cena que meu desejo desvirtua
ao te inventar em aventais de espumas.
A lua, aos poucos, cresce e se insinua
por entre as vestes invernais das brumas
do meu olhar, a namorar-te nua,
colhendo das espumas uma a uma!
Agora estás desnuda, estás completa.
As conchas fazem cacho em teus cabelos.
Nenhuma onda mais teu corpo afeta!
Estás desnuda para os meus desvelos,
desvelos desejosos de um poeta
que num soneto sonha, um dia, tê-los...
JPessoa/PB
20.01.2013
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...