Desventura

Amor, que insensível em mim instala-se,

A fulgir clarões de dores intensas

O que em raios de luar suspensas

Que por entre as nuvens amontoara-se

Essa dor que em si mesma arrastava-se

Nesse amor que não tinha recompensas

Só angústias em si eram propensas

Sofrimento que em ti encontrava-se.

Diz-me porque amor, tu desprezaste?

Por que causar assim tanto tormento,

Nesta alma que chora tua partida?

Não vês que com desprezo magoaste?

Quão grande é esse desapontamento

E lágrimas de amor banha a ferida!

Fran Souza
Enviado por Fran Souza em 20/01/2013
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