Julgamento da Mulher de pedra.
Autor: Daniel Fiúza
02/01/2005
Mulher de Pedra bruta assumida
Que me olhou sisuda, interrogativa,
Com o olhar cinza, séria e acusativa!
Sem saber de nada da minha vida.
Apontou-me o dedo em riste, possuída!
Condenando-me sem prerrogativa
Talvez no gesto inerte, vingativa,
Lançando a pena plácida decidida.
A mal amada pedra da verdade
No falso julgamento acusador
Fez do seu penar cumplicidade.
Oh!Pedra insensível na vaidade
Mostrou seu parvo saldo devedor
Severa lucidez da impunidade.