PORTA-RETRATOS. soneto-311.
Tão inerte sobre a prateleira do quarto,
Está a vencer alguns anos velha moldura,
No passado testemunha de tantos fatos,
Contem a fotografia de amarelada figura.
É recordação de momentos de uma história,
Sonhos passados que o tempo envelheceu,
Mas que mantêm-se ilustrado na memória,
Página do amor que dentro de nós morreu.
Assim perdura pequeno porta-retratos,
Já não nos prende pelo seu sentido nato,
Mas faz lembrar momentos de felicidades.
E sobre a mesa pelo reflexo da meiga luz,
Um tom cinzento em sua sombra traduz,
Partes da história e vestígio de saudade.
Cosme B Araujo.
18/01/2013.