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DESISTÊNCIA

Odir Milanez
 
 

Dos meus versos desisto o que foi feito.
Meus descridos desejos são sem graça.
Por mais empenho e força mais que faça,
não saem dos domínios do meu peito.
 
De confessar o amor perdi o jeito,
meu estro esmaecido se esfumaça.
Bem mais fácil o infortúnio da negaça
do que alcançar meu verso algum proveito.
 
Desisto do poema e me prometo
em mantê-lo refém  de meu segredo
e ao segredo também me submeto.
 
Do parnaso me aparto. Tenho medo
que minh' alma, desnuda num soneto,
desista de ser sonho e morra cedo...
 
 
JPessoa/PB
17.01.2012
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...



 

 
oklima
Enviado por oklima em 17/01/2013
Reeditado em 04/05/2013
Código do texto: T4090154
Classificação de conteúdo: seguro
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