TAISE
Tão jovem se foi, amiga querida,
Tu, que não tinhas na mente maldade,
Nos deixando aqui no peito a saudade,
Pois que cedo te apartastaste da vida.
Que nova triste, que nova sofrida.
Os humanos não gozam a eternidade,
Se pudesse eu mudar essa verdade,
Faria não vir nunca tua ida.
Se puderes escutar meu lamento
E de todos amigos de franqueza,
Poderás ter, ao menos, a certeza,
Que Jamais chegarás ao esquecimento,
Mesmo que estejas, longe, na beleza,
Do azul que nos transmite o firmamento.