MALDITA BONDADE

Feliz daquele que no livro d'alma

Não tem folhas escritas

E nem saudade amarga, arrependida,

Nem lágrimas malditas!

Álvares de Azevedo

Ai! Maldito é esse pesar que me invade...

E do meu peito lágrimas pranteadas

Saem, pois sós, minhas amargas enxurradas

De poeta triste...que aos poucos se abate.

-E vos digo... Maldita é essa bondade!

De acreditar em histórias arreadas

De amores encontrados nas calçadas

Do pra sempre... Que não dura a eternidade...

Se ao menos eu não a tivesse vivido,

Deus! E de amores, com ela, me perdido

Talvez assim , ela ir, fosse mais fácil...

Se ao menos não me tivesse enganado,

Seria apenas eu, um pobre amargurado..

Que não beberia do amor em seu cantil...

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 16/01/2013
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