INSANO

Sendo pouco, quero nada.

Sendo nada, não mereço.

A forma que foi negada

faço sempre que me esqueço.

É sempre mais fácil fingir

brincando de faz de conta.

Da vida real fugir.

Fantasia não desaponta.

Depois se arruma um culpado,

posso brincar de coitado

na minha vida vazia.

Continuo procurando,

como sempre, projetando,

num mundo de fantasia.

Ernesto Braga
Enviado por Ernesto Braga em 16/01/2013
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