MATRIX

Uma estranha sensação de já ter visto

Espoca em meus sentidos sibilantes,

Minh'alma desconforta no que antes

Julgava ser morada do imprevisto.

As Parcas que me tecem neste misto

De essência fermentada e de brilhantes,

Confusas, olham mudas. E até Kant

Não sabe revelar se além, existo.

Eu sou naquele tempo do vazio?

Numa coisa jamais imaginada?

Num Logos esquecido de seu rio?

Em quantos amanhãs me sou agora –

Erguendo meu telhado sobre o nada,

Sem nunca suspeitar o que é “lá fora”!?