FAZER NASCER POESIA
Com palavra presa na garganta,
a glote fechada logo sentencia:
A ideia aflita, para, se espanta...
sentença atroz: hoje sem poesia....
Quando a lágrima pura por si seca,
e no bardo peito persiste a dispneia,
o vetusto poeta busca a tal eureka,
na escuridão breu caótico da ideia...
Mas, sem poesia qual será o remédio
que o socorra nessa profunda agonia,
será fazer versos vazios como o tédio...?
ou ousar usar a lira secreta em revelia...?
tirando lições dos verbos e provérbios,
fazendo brotar na marra crua poesia...!