Fim de caso (8)
A pedra que atiraste na vidraça
voltou-se contra ti, qual bumerangue,
e agora estás no chão, caído, exangue,
mais frágil do que pó, do que fumaça;
bebeste o fel de tua vil pirraça,
veneno que tu tens, também, no sangue,
(viscosa lamaceira, igual o mangue),
a fonte desse teu penar, desgraça.
Bebeste do rancor, que te envenena,
- tal qual se bebe um gole de cachaça –
e tudo transformaste em melodrama.
Patético assistir horrível cena:
perdeste o terno tom, ternura e graça,
do meu amor, a luz, o lume, a chama.
Brasília, 15 de Janeiro de 2013.
Seivas d'alma, 39
A pedra que atiraste na vidraça
voltou-se contra ti, qual bumerangue,
e agora estás no chão, caído, exangue,
mais frágil do que pó, do que fumaça;
bebeste o fel de tua vil pirraça,
veneno que tu tens, também, no sangue,
(viscosa lamaceira, igual o mangue),
a fonte desse teu penar, desgraça.
Bebeste do rancor, que te envenena,
- tal qual se bebe um gole de cachaça –
e tudo transformaste em melodrama.
Patético assistir horrível cena:
perdeste o terno tom, ternura e graça,
do meu amor, a luz, o lume, a chama.
Brasília, 15 de Janeiro de 2013.
Seivas d'alma, 39