Orvalhar
A lua é a luz em comum no fundo da tua retina
Com a que reflete nos pingos dessa chuva mal situada
E às custas do tempo nossa vida caminha
Feito uma frágil criança mal acompanhada...
Os sonhos sussurram somente os sinais
Sorrateiros e soturnos sentimentos em nossos espíritos
Um navio fantasma no infinito sombrio encontrando um cais
Em meio a mares de marés e inimigos
Que olhos profundos têm afinal sua doçura
Que leveza incomoda tens em tuas palavras
E um sorriso na alma que mascara a amargura!
E assim sumiste feito faróis na neblina
Tal que permaneço feito relva na colina
Segurando nas lágrimas o orvalho para o amanhecer...