ALVORECER

Sonolenta surge a claridade da manhã ditosa

Suave, delicada, colorida, pródiga e dadivosa

Sedente e esquiva é glamorosa e pura gazela

Traz os cabelos soltos ao vento, a bela donzela

Sonhando com quem a contemple e a corteje

Delicada menina-moça, tão linda e sorridente

Vem querendo quem a leve pela mão e a deseje

E que a pressinta e cative com olhar envolvente

Parecia presa a um cordão tênue enluarado

Estava ainda envolta pela noite e trazia o dia

Libertando das trevas um espírito encantado

O momento parece onírico, fantástico e irreal

Uma cortina esvoaçante, bordada de harmonia

É a Alva cavalgando no corcel do tempo, afinal!