UM BARDO VAGABUNDO

Cai a noute... E eu caio ao chão,

Some o dia... E eu sumo no mundo,

Acende a luz... Ascendo ao fundo

Desse paul da vida, mia depressão.

No mapa vejo os rios oriundos

Das lágrimas da mia condenação,

De estórias d’um pútrido coração

Qu’apodreceu num corpo imundo.

Ah! Sou eu um bardo vagabundo

Que do mundo aceitou a perdição

Por um lascivo copo de paixão!

Ah! Um dia até os leigos me amarão!

Pois nos meus versos tristes eu afundo

no grotesco, e suas almas eu fecundo...

...com ilusões...

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 13/01/2013
Reeditado em 13/01/2013
Código do texto: T4083420
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