UM BARDO VAGABUNDO
Cai a noute... E eu caio ao chão,
Some o dia... E eu sumo no mundo,
Acende a luz... Ascendo ao fundo
Desse paul da vida, mia depressão.
No mapa vejo os rios oriundos
Das lágrimas da mia condenação,
De estórias d’um pútrido coração
Qu’apodreceu num corpo imundo.
Ah! Sou eu um bardo vagabundo
Que do mundo aceitou a perdição
Por um lascivo copo de paixão!
Ah! Um dia até os leigos me amarão!
Pois nos meus versos tristes eu afundo
no grotesco, e suas almas eu fecundo...
...com ilusões...