AGRURAS

Ah! Esse vácuo medonho que sinto no meu seio!

Muitas vezes penso... Se pudesses uma vez, uma só vez,

Apertá-la ao peito, todo esse vácuo haveria de se encher.

(Os Sofrimentos do Jovem Werther – Goethe)

Ah! Naqueles olhos vive minh’alma

Negros, como meu peito se tornou...

Doces amores, ilusão se formou

A lira, que nas noites me acalma.

Sofro! Mas hei de por ela sofrer

sempre, eu não posso assim me afastar

Pois sem o amor podeis me matar

Querido amigo, hei de perecer!

Nos agouros de tuas boas agruras

Não posso eu deixar de me ludibriar

Pois tua realidade há de me revelar

Que não tenho ela... Não posso viver!

Sem ela...Sem esse meu pobre coração..

Não sou eu, como Cristo, em sua Paixão?

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 13/01/2013
Código do texto: T4083268
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