A POESIA INACABADA RONDA-ME!
Nas reentrâncias da saudade,
As palavras secaram minha garganta,
E não existe mais leito a felicidade,
Dentro do meu peito a alegria espanta!
A poesia inacabada ronda-me,
A luz na madrugada sonda-me,
E me recolho no meu manto de papéis,
Minh'alma é o veleiro do silêncio!
Nas linhas densas dos meus pensamentos,
Adejam pássaros no marasmo do desalento,
Rasgando as sombras das mágoas aprisionadas!
Extravaso o verso, no reverso do meu universo!
Lamento a falta do vento que acalento em mim!
Traduzo então toda candura em ternura numa brancura sem fim!
*(By Rachel KeKa Alves)*