Do próprio Amor X
Leitores, no dia 3 de janeiro de 2013, informei-vos sobre a iniciação de uma antologia minha sobre o Amor e afirmei que queria fechá-la quando chegasse ao décimo soneto, mas que não tinha a certeza de que seriam apenas dez sonetos e nem que ficaria só nos dez.
Estou aqui para informa-vos de que, revendo todas as nove obras, decido aqui por o fim a sequência. Eu sempre fui sabedor de que este desafio me ensinaria várias coisas. E ensinou... Sabia eu também que no fim chegaria a alguma conclusão, realmente cheguei e, sinceramente, ela me espantou. Não direi aqui a minha conclusão, visto que ela é algo de minha vida e não acrescentará nada a vossas vidas.
A verdade é que, leitores, aprendi as coisas mais fantásticas durante este período e vários acontecimentos, exteriores a ele, tornaram tudo mais lindo e mágico. Não sei bem se foi isto uma ironia do destino, porém este período está cravado em minha vida, assim como o próprio Amor.
Enfim, pouquíssimos um dia saberão de minha conclusão, mas todos saberão agora que grande foi a minha felicidade ao falar de Amor.
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"Coisas que só o coração pode entender"
(Tom Jobim)
O Amor é tudo. E tudo se resume
À dor do peito leve, machucado.
O Amor é mais que um sonho consumado:
É a mágica da flor e seu perfume...
O Amor é tudo. E tudo - por costume -
No Amor presente some... O peito amado
É leve, errante, langue, enfeitiçado...
E cômico ao sentir febril ciúme.
O peito amante, por razões desertas,
É loucamente errante ao seu desejo
Na paz indecifrável desta dor.
O Amor é tudo: as coisas mais incertas.
O Amor é mais que um riso de cortejo:
É tudo o que resume o próprio Amor!
11/01/2013