NUNCA MAIS
Odir Milanez
“Nunca mais!” - volve o vento - “Nunca mais!”
“Nunca mais, nunca mais!” - o mar responde.
Vozes várias, versando sons iguais,
trazem tristezas tais de não sei onde...
Fêmeas feridas, flébeis funerais
às falas e feições que o nada esconde.
Silenciosos lutos lacrimais
na dor que a dor nenhuma corresponde!
Ó vida que se vai, por que não levas
a vida que ficou pela metade,
sujeita às sensações de ações malevas?
Por que te vás sozinha, se não hás de
voltar aos versos meus, vastando as trevas
que me trazem sonetos de saudade?
JPessoa/PB
11.01.2013
oklima
Sou somente um escriba
que ouvia a voz do vento...