Formosura
Toda a palavra destino
vim comendo pela estrada,
avantajando no intestino
novelo de tripa entalhada.
Indispondo língua de fome
e algum sorteio de comida,
notei na fervura desta vida
como apurar a cal do nome.
Adornei na cabeça o chapéu.
Nos pés, os nevoeiros do céu.
De confins abasteci as mãos.
Por fim, qual balaio de grãos
solidão triunfou o magricelo.
(E há quem tudo aprecie belo.)