CULPA
Há um peso machucando
Vem de longe do passado,
Consumindo-me no presente,
Não me deixando sossegado.
É um aperto no peito pesando,
Arrastando-me numa corrente
De um rio profundo, caudaloso,
Querendo afogar-me, furioso.
Minha culpa não faz sentido
Mas o remorso n’alma escondido
Traz angustia que me faz chorar.
Mesmo feliz como agora estou
Abraçado a esse imenso amor,
Sinto ás vezes sem direito a amar.
Marcus Catão