Soneto para meu saxofone
Buscando quietude de espírito,
Num som que me envolve a alma,
Qual brisa serena e calma,
Sou nau a procura d’um porto,
Ecoa em noite enluada,
O timbre plangente e perfeito,
Roubando suspiros d’um peito,
Que a pouco sofria de dor,
Colcheias e semicolcheias,
Somando-se a outras figuras,
Resultam em bela pintura,
De sons e não de pincel,
Alegra-me e aclara meus dias,
Amigo saxofone.