Caveira Viva
Estou tão fraco e lânguido… Este não sou eu.
Meus lábios já não têm aquela rubidez.
Meu rosto é cadavérico! Oh! que morbidez!
Oh! Minha juventude… O que é que aconteceu?
Pareço uma caveira que inda não morreu!
Sou tão assustador que teve até uma vez
Que um lôbrego fantasma, em plena estupidez,
Veio p'ra me assombrar e logo escafedeu…
Já nada mais eu faço e sinto-me cansado.
Qualquer esforço, eu fico todo fatigado…
Mais cedo, em minha vida, o sol se faz poente.
Adoro a juventude e estou a envelhecer…
Aos vinte e três, já quase estou a falecer,
Eu, que pensava ser "eterno adolescente"…
7 de janeiro de 2013