Do Próprio Amor VI

Falar do Amor e ter o ser confuso -

Em língua que se trava a cada instante -

Não é difícil, pois o Amor reinante

Impera em coração bem mais difuso.

Se o Amor mais puro cai em vil desuso -

Em peito não amado e não amante -

A vida passa a ser um vento errante

E o tempo passa a ser um grande abuso.

O Amor - em si - não tem razão alguma,

Contudo, o Amor se faz razão de vida

Dos peitos mais amantes, mais amados.

O Amor pesado é leve como pluma...

E existe por si só na ausência tida

Do próprio Amor nos peitos mais cansados...

07/01/2013

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 07/01/2013
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T4072154
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