Do Próprio Amor VI
Falar do Amor e ter o ser confuso -
Em língua que se trava a cada instante -
Não é difícil, pois o Amor reinante
Impera em coração bem mais difuso.
Se o Amor mais puro cai em vil desuso -
Em peito não amado e não amante -
A vida passa a ser um vento errante
E o tempo passa a ser um grande abuso.
O Amor - em si - não tem razão alguma,
Contudo, o Amor se faz razão de vida
Dos peitos mais amantes, mais amados.
O Amor pesado é leve como pluma...
E existe por si só na ausência tida
Do próprio Amor nos peitos mais cansados...
07/01/2013