Do próprio Amor V

Oh grande amar do Amor, não me machuques!

Que vale a ti meu estro com feridas?

Oh grande ardor do Amor das margaridas,

Não tentes enganar-me com teus truques!

Oh vate dos amores e dos duques,

Que vale a ti amar as minhas vidas?

Oh rico e algoz Amor dos homicidas,

Não me machuques como os arquiduques!

Destarte eu versarei teu lindo dano

Nos corações humanos - tão amantes...

E neste peito vago qu'eu carrego.

Assim, eu morrerei, de Amor, insano.

E quando à minha lousa, heróis andantes

Dirão a mim: "do Amor ficaste cego!"

06/01/2013

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 06/01/2013
Reeditado em 06/01/2013
Código do texto: T4070627
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