Os Atalaias
Velam-nos os eternos Atalais
Quando ficamos pífios e mordazes.
E despem-se das lânguidas cambraias
As almas desdenhosas e incapazes.
Falam de amor em impolutas frases
Como as vagas e os ventos pelas praias;
Ó Sentimentos, velhos Atalaias,
Enchei de vida os corações fugazes!
Povoai de sonatas e de cânticos,
Como os luares álacres, românticos,
Todo o Mistério quedo dessas celas.
E contemplando o céu, o azul informe,
Vede as estrelas... são um lírio enorme!
E os Atalaias são o brilho delas...
QUINTINIANO.