Os Atalaias

Velam-nos os eternos Atalais

Quando ficamos pífios e mordazes.

E despem-se das lânguidas cambraias

As almas desdenhosas e incapazes.

Falam de amor em impolutas frases

Como as vagas e os ventos pelas praias;

Ó Sentimentos, velhos Atalaias,

Enchei de vida os corações fugazes!

Povoai de sonatas e de cânticos,

Como os luares álacres, românticos,

Todo o Mistério quedo dessas celas.

E contemplando o céu, o azul informe,

Vede as estrelas... são um lírio enorme!

E os Atalaias são o brilho delas...

QUINTINIANO.

Quintiniano
Enviado por Quintiniano em 06/01/2013
Código do texto: T4070138
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