Amo-te ternura!

Mesmo assim distante; – saboreio;

Pleno clima frascário; -- aguçado!...

– Ó, métrica galante, em devaneio;

Na soma dos sentidos afinados!...

Quando teu corpo me arrebata,

Minh'alma abraça a tua; – férvida;

Que me cobre de beijos... fornidos!

– Ah, e eu a amo na lira acrobata!...

Quero-te sempre minha... sempre nua!...

No meandro do ardor... e, sob a lua!--

Quero-te na jornada sobre molduras.

— Por que és tão infinda ?... tão pura!

Menina, tu tens a alva na alma cura.

Tens alvura na pele... Amo-te ternura!--

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 06/01/2013
Reeditado em 03/04/2013
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