A dor da Alma

Sou pária das plagas do amor

Escravo do gênio eremita

Na mansarda da dor minha sorte habita

Profundissimamente no langor

Esse mundo tornou-se doutra cor

E minh'alma um poço tão profundo

Tal lixão, qual esgoto bem imundo

Com fétida mácula e odor

São seis meses piado nesse coma

A matéria reduz-se a pura goma

E a alma reduz-se a pura dor

Sempre mais vou vivendo assim aflito

A granel se encontra meu espírito

E meu corpo é uma zona de torpor

Jozias Umbelino
Enviado por Jozias Umbelino em 05/01/2013
Código do texto: T4068490
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