A dor da Alma
Sou pária das plagas do amor
Escravo do gênio eremita
Na mansarda da dor minha sorte habita
Profundissimamente no langor
Esse mundo tornou-se doutra cor
E minh'alma um poço tão profundo
Tal lixão, qual esgoto bem imundo
Com fétida mácula e odor
São seis meses piado nesse coma
A matéria reduz-se a pura goma
E a alma reduz-se a pura dor
Sempre mais vou vivendo assim aflito
A granel se encontra meu espírito
E meu corpo é uma zona de torpor