AI DE MIM!!

Ai de mim! Pobre bardo que, amargurado,

Sente o mefítico cheiro da sua morte,

Que provocada por aquele corte,

Evidenciou seu coração acinzentado.

Ai de mim! Viúvo e contrito homicida.

Não só matar-me de ternura tu querias

Tão cândido era meu peito, e tu rias

Hoje rio eu, pois pagastes com a vida!

Triste estou agora, e sem um coração

Pois matei minha doce e eterna paixão

Que no fim, já não era –Nunca foi! –minha!

Agora eu vou, morrerei nessa tristura

Talvez um anjo de completa candura

Possa resgatar a pobre alma qu’eu tinha.

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 04/01/2013
Reeditado em 04/01/2013
Código do texto: T4067528
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