AI DE MIM!!
Ai de mim! Pobre bardo que, amargurado,
Sente o mefítico cheiro da sua morte,
Que provocada por aquele corte,
Evidenciou seu coração acinzentado.
Ai de mim! Viúvo e contrito homicida.
Não só matar-me de ternura tu querias
Tão cândido era meu peito, e tu rias
Hoje rio eu, pois pagastes com a vida!
Triste estou agora, e sem um coração
Pois matei minha doce e eterna paixão
Que no fim, já não era –Nunca foi! –minha!
Agora eu vou, morrerei nessa tristura
Talvez um anjo de completa candura
Possa resgatar a pobre alma qu’eu tinha.