Meu Coração De Poeta
Teu frígido desdém me enlouquece;
Suspiros ao luar ficam sem brilho.
Tua frieza me serve de empecilho.
Pois me insulta, atormenta e me aborrece.
Teu egoísmo repele e me entristece,
E teu olhar obliquamente me insulta,
Nem um pouco tua compaixão me indulta
E o teu sarcasmo aos poucos me envelhece
Nestes ermos caminhos que pervago,
Ao invés de algum desgosto dou-te afago,
Ademais eu teu semblante dou afeto...
Se no homem frio o ódio é previsível,
Meu coração de poeta é sensível.
Tão tolo que te faz mais um soneto!