ÉBRIO...

Meu ser adormecido não sofria!

Os sonhos que ele tinha? Todos vagos!

Mas, eis que n’um suspiro de alegria,

Meu ser então sentiu amor, afago...

Girando feito um louco, sim, sorria;

Bebeu tanto do amor - todos os tragos-

E, ébrio, sucumbiu em algum dia,

Deixando-lhe o amor com seus estragos!...

Sentiu a solidão ser companheira;

À sombra incapaz de se apagar!...

Chorou e soluçou feito um menino!...

Ao fim daquela valsa derradeira,

Que o amor nunca para de dançar,

Sentiu meu ser a dor.... Morreu sem tino!...

Arão Filho

São Luís-Ma, 03 de Janeiro de 2013.