Soneto de Fogo
O ardor que na branda chama ardia,
Cede ao rosto juvenil que na rua vejo.
E que abriu-me a vibração do desejo,
Por tentar te conquistar naquele dia.
Como na fogueira tanto se incendeia,
Nas terrentes lâminas do teu beijo,
Numa tarde tépida com voraz sobejo,
De tanto beijar aquela boca sorvia.
Afortunada a flama que se atreve
Ver triunfar seus pavores e pensamentos
Nos músculos que na alcova tremer deve!
Namoramdo aquela diva dos Elementos
Que queimam o íntimo dos vis tormentos
Ó afrodite tem dó deste ser breve.
Herr Doktor