A MERETRIZ
Oh Senhor! O corpo dela eu almejo
Com todo o ímpeto do meu interior
É ela o fruto proibido, meu desejo
Cresc’em mim, por ela, o sonho do pecador.
Senhor! Por que pra ela tu me hás levado?
Sois tu Uno, benevolente ser etéreo
E eu apenas um pobre e impudico escravo
Da impura lascívia d’um sentir funéreo.
Mata-me as curvas dessa pura meretriz!
Leva-me ao penhasco, escapo por um triz
Que sou eu, se não, um obsesso do diabo?
Linda ela é, rameira que domina os versos
Dum poeta, que de cama, pousa infesto
Que na cama, a ela, fica acorrentado...