A MERETRIZ

Oh Senhor! O corpo dela eu almejo

Com todo o ímpeto do meu interior

É ela o fruto proibido, meu desejo

Cresc’em mim, por ela, o sonho do pecador.

Senhor! Por que pra ela tu me hás levado?

Sois tu Uno, benevolente ser etéreo

E eu apenas um pobre e impudico escravo

Da impura lascívia d’um sentir funéreo.

Mata-me as curvas dessa pura meretriz!

Leva-me ao penhasco, escapo por um triz

Que sou eu, se não, um obsesso do diabo?

Linda ela é, rameira que domina os versos

Dum poeta, que de cama, pousa infesto

Que na cama, a ela, fica acorrentado...

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 01/01/2013
Código do texto: T4063033
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