LÁSTIMAS
Oh ! Como era triste a cena.
Na banheira o sangue ornava
Ilustrando a morte amena
Que, perdida, ela buscava.
Oh! Como era doce a bela!
Seus olhos opacos buscavam,
Ainda, as fadas na janela
Que, tristes, não encontraram.
Como lastimo contrito
Não ter podido, eu, a salvar
Antes d’o abismo ela achar.
Agora morta eu a vejo
Seu rosto num azulejo
Retrato d’um mundo aflito.