LÁSTIMAS

Oh ! Como era triste a cena.

Na banheira o sangue ornava

Ilustrando a morte amena

Que, perdida, ela buscava.

Oh! Como era doce a bela!

Seus olhos opacos buscavam,

Ainda, as fadas na janela

Que, tristes, não encontraram.

Como lastimo contrito

Não ter podido, eu, a salvar

Antes d’o abismo ela achar.

Agora morta eu a vejo

Seu rosto num azulejo

Retrato d’um mundo aflito.

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 01/01/2013
Código do texto: T4062694
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