VINTAGE
Minh’alma é assim, um pouco oca...
Meio desgastada e nada à vontade.
Dormiu, enquanto ria, em sua época,
E acordou, sozinha, nessa realidade.
Sou eu e ela... E o resto do mundo
Lutamos dia-a-dia contr’essa maldade.
Onde está àquele gentil suspiro profundo
De amores românticos à moda vintage?
Que mal há nessa singela sinestesia?
De toques e carinhos com do afago o pudor...
De sonhos e vozes... Da bela e pura magia,
Da feérica poesia que nos revela o calor.
Ah! As palavras... Como elas tem a beleza!
Gentis, me trazem o amor e levam de mim a tristeza!