SONETO DE OUTUBRO
Luz, nem sempre aparece;
calor às vezes passa,
chuva enche minha taça
e o corpo todo estremece.
Flor: há e talvez
pássaros vão e vêm
trilhos têm, sem trem,
ainda clara é a tez.
E o mundo é opaco!
Fico forte, sou fraco
neste tempo de incerteza
não sei se é mesmo tristeza...
mas, d'uma certeza me cubro:
te encontro nas estrelas de outubro
08 de Outubro de 1994